Sábio Maiakóvski!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Força.
Um frio na barriga, um aperto no peito. Estou sobre o mar e as areias que por muito tempo foram meu refúgio constante. E ainda são, mesmo que mais espaçadamente.
Olho para o lado e na poltrona 4E está sentado um senhor desconhecido, lendo serenamente uma revista qualquer. Olho para o outro lado e vejo a ponta da asa e aquela imensidão que costumo chamar de paz: o mar... De cima a "minha" praia, que conheço cada palmo desde os meus primeiros anos, parece infinita. Tão infinita quanto o mundo que tento abraçar e nunca cabe entre minhas mãos.
Olhando para o tapete azul que agora se mistura com barcos e algumas nuvens, lembro da última vez tive a mesma vista. Foi em 2001 quando, em meus ingênuos 13 anos, parti para terras frias em uma breve temporada. Naquela época a dor da partida era para mim ligeira, quase indolor. Eu ainda não tinha experimentado me despedir de uma vez de tantas pessoas amadas. Muito menos tinha responsabilidades tão grandes sobre o meu destino.
Passam flashes em minha mente. Lembro-me de tantas partidas, tantos reencontros. Não entendo por que sempre forço tanto as despedidas. O coração, ao mesmo tempo que se rasga de dor, manda eu seguir, ir mais longe, voar mais alto. E é para mais alto que o avião segue. Subindo até desaparecer o azul do mar embaixo do branco das nuvens. O azul agora fica por conta da imensidão do céu. Adormeço.
Queria eu acordar e perceber que a dor foi só um sonho. Mas acordo já em terras alheias. Não estou em casa, mas é o que por hora tenho que chamar de casa. Algumas coisas não podemos escolher; outras escolhemos e acertamos; outras ainda são escolhas infelizes. Não sei se foi certa ou errada, mas a escolha que fiz com certeza me fez ver o mar, o céu e os dias de outra forma.
E agora, na companhia do álcool e do cigarro, eu só peço que o sono me carregue e faça esquecer essa dor.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Em frente apenas o mar, atrás uma vida. Meus pés brancos, descalços tocam a água. Em frente o futuro, atrás uma cidade. Me distancio, fujo do recente passado.
Fugir sempre parece mais fácil. Não olhar para trás é covardia, mas é o que resta às vezes. Só esqueceram de me avisar que nunca fugimos por completo. Sempre voltaremos o olhar, sempre.
A lágrima sempre rolará nas páginas de um romance ou nos ombros de um novo amigo.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Acabei de reparar que não postei aqui nenhuma vez nos 42 dias no Rio de Janeiro. Bom, posto aqui de Gravatá (SC) e tentarei lembrar de postar lá para contar como andam as coisas.
Os primeiros dias na Cidade Maravilhosa foram corridos. Procurando apartamento, kitnet, quarto para morar. Foi difícil! O Rio é uma cidade para os ricos mesmo. Apartamento de um quarto para alugar praticamente não existe e os que encontrei eram ou caros ou uma espelunca. E tudo sem mobília!
Depois de duas semanas frenéticas atrás de algum lugar para morar acabei decidindo ficar morando na casa da Natália, uma guria que conheci em Floripa na época do terceirão e que fez um semestre de Letras comigo antes de voltar a morar no Rio. Hoje moro no apê dela, alugando o segundo quarto do apartamento. Temos uma convivência muito boa. A Naty é muito divertida e até meio pirada como eu. rsrs
Dia 06 de agosto começou a matéria que estou fazendo como ouvinte no mestrado. O nome é Processamento Linguístico e quem ministra é o meu orientador, o Prof. Marcus Maia. A disciplina que eu ia fazer na graduação aqui acabou não dando certo, ela vai ser ministrada só em dezembro e janeiro. Algumas disciplinas da fonoaudiologia são assim aqui. No lugar desta da fono (Neurolinguística) eu vou ver se consigo assistir uma outra de neuro (Introdução a Neurolinguística) ministrada pela Aniela (fodona da UFRJ) para o mestrado de Linguística também. Vou lá na aula dia 13, vamos ver...
A aula é isso basicamente. Estou começando a fazer meu TCC, que decidi fazer sobre Acesso e Decisão Lexical. Agora na graduação vou ter que fazer mais pela Psicolinguística mesmo, com uma pitada só de Neuro, não era bem o que eu esperava, mas está sendo legal. Tem uma guria do doutorado que está fazendo a tese sobre Acesso Lexical na Neuro que vai me dar um apoio no meu TCC, para fazer os experimentos e tudo. Vai ser bom. Espero!
Continuando sobre a minha rotina no Rio... Estou malhando todos os dias pela manhã na academia do Fluminense, o que tem me dado muita energia para o dia. Quando dá sol e tenho tempo pego um sol na piscina do prédio antes do almoço também. Quero chegar no final do ano morena e sarada. hahahaha
À noite de vez em quando eu e a Naty saimos para as baladas da zona sul. Normalmente Leblon, Ipanema ou para a Hideaway, uma boate que fica ao lado de casa. Falando nisso estou morando em Laranjeiras, um bairro bem tranquilo e bonito. Bem pertinho de casa tenho metrô, o Fluminense, o Palácio da Guanabara, mercados, lojas... Muito bom.
E o coração... Ah, o coração! O Rio de Janeiro tem sido bom também para ele. Consegui me livrar da minha obsessão de até então (sabem quem é, né?) e tenho conhecido pessoas interessantes. O problema, que nem sei se é problema, é que meu órgão vital pulsante teima em voltar a bater de vez em quando por antigas paixões. E voltou agora por uma bem antiga. Posso arriscar a dizer que é uma das mais fortes e persistentes. Um caso complicado.
Mudando de assunto, rsrs, estou agora na casa de praia com a minha família. Vim curtir o feriado e ainda irei para Floripa e São Paulo antes de voltar para o Rio. Confesso que já estou com saudades da Naty e com uma ponta de saudades do Rio. Aquela cidade me conquistou rapidinho. E ontem conversando com meu irmão (sobre os planos de irmos morar juntos em São Paulo ano que vem) fiquei até um pouco triste de pensar que não ficarei no Rio. Mas vai ser meu sonho de sempre, morar em São Paulo! E venho falando que o Rio era só o caminho para chegar em Sampa. =D
Tá, chega de escrever!
Hoje foi bem informal, mais para contar as novidades mesmo. Até é bom para mim colocar assim no papel para deixar mais claro na minha cabeça o que está sendo isso tudo para mim. Uma coisa tenho bem certo: mudanças sempre me fazem muito bem!
Besitos
terça-feira, 13 de julho de 2010
Nove horas, o despertador toca. Abro meus olhos e a cabeça dói lembrando que ontem bebi um pouco além da conta. Bebi para esquecer teu rosto, como faço todos os dias. Bebi para esquecer que há algum tempo me apaixonei por ti.
Fecho os meus olhos e te vejo, andando em um corredor escuro com uma luz ao fundo, parece uma daquelas cenas de filme. Só vejo a tua sombra, tua silhueta, mas não tenho dúvidas, és tu. Tanto te admirei que conheço cada traço, cada curva do teu corpo e tenho gravado na minha cabeça o teu jeito de andar. Tu vens em minha direção, andas lentamente e o caminho parece não ter fim.
Reviro-me na cama e abro novamente os olhos. Não estás aqui, como já imaginava, mas teu cheiro ficou em mim. Prendo a respiração para que mais essa ilusão passe, mas ao voltar a respirar percebo que foi em vão. Teu perfume já está entranhado em mim, assim como os teus dedos que ainda sinto apertando minha cintura. São as lembranças de nossas noites de amor.
Levanto-me, sirvo um copo com água. Bebo enquanto busco outros pensamentos. Tento me lembrar de músicas que costumava ouvir, mas as únicas palavras que escuto são as que tu pronunciaste. Concentro-me e consigo cantarolar uma, mas os versos não me ajudam.
Desisto. Não será hoje que te esquecerei. Quem sabe amanhã eu não sonhe contigo e não acorde com tantas lembranças. Ou quem sabe amanhã eu receba tua visita, nós nos beijemos e tudo fique bem... Mas isso é mais uma ilusão.
Lembro mais uma vez o teu beijo enquanto as lágrimas correm. Ainda vou te esquecer.
Fecho os meus olhos e te vejo, andando em um corredor escuro com uma luz ao fundo, parece uma daquelas cenas de filme. Só vejo a tua sombra, tua silhueta, mas não tenho dúvidas, és tu. Tanto te admirei que conheço cada traço, cada curva do teu corpo e tenho gravado na minha cabeça o teu jeito de andar. Tu vens em minha direção, andas lentamente e o caminho parece não ter fim.
Reviro-me na cama e abro novamente os olhos. Não estás aqui, como já imaginava, mas teu cheiro ficou em mim. Prendo a respiração para que mais essa ilusão passe, mas ao voltar a respirar percebo que foi em vão. Teu perfume já está entranhado em mim, assim como os teus dedos que ainda sinto apertando minha cintura. São as lembranças de nossas noites de amor.
Levanto-me, sirvo um copo com água. Bebo enquanto busco outros pensamentos. Tento me lembrar de músicas que costumava ouvir, mas as únicas palavras que escuto são as que tu pronunciaste. Concentro-me e consigo cantarolar uma, mas os versos não me ajudam.
Desisto. Não será hoje que te esquecerei. Quem sabe amanhã eu não sonhe contigo e não acorde com tantas lembranças. Ou quem sabe amanhã eu receba tua visita, nós nos beijemos e tudo fique bem... Mas isso é mais uma ilusão.
Lembro mais uma vez o teu beijo enquanto as lágrimas correm. Ainda vou te esquecer.
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Hematomas
Ouvir verdades nem sempre é fácil, ainda mais quando são ditas por pessoas que admiramos, adoramos. Jogaram na minha cara minha fraqueza. Falaram sem dó a confusão que é a minha cabeça, os caminhos milhares que se contorcem na minha frente.
Meu estômago dói novamente, a ansiedade me corrói. Não roo minhas unhas por pura vaidade, mas o cigarro insiste em voltar para minha boca, e ele me acalma. As doses de licor me fizeram perceber que é tudo verdade e que não posso fugir. Mesmo assim corro. Não fisicamente (estou parada no mesmo lugar), mas corro dos meus pensamentos.
Deito na cama para me esquecer do mundo, mas meus olhos não fecham e no teto passa um filme de ação. A personagem principal corre desesperadamente atrás de um trem, busca o tempo, busca o amor, busca a felicidade... A personagem sou eu. Corro, tropesso, caio no chão e choro... Durmo. Sono profundo, sonhos conturbados, choro, aflição.Meu estômago dói novamente, a ansiedade me corrói. Não roo minhas unhas por pura vaidade, mas o cigarro insiste em voltar para minha boca, e ele me acalma. As doses de licor me fizeram perceber que é tudo verdade e que não posso fugir. Mesmo assim corro. Não fisicamente (estou parada no mesmo lugar), mas corro dos meus pensamentos.
Acordo e identifico os hematomas, não no corpo, mas no coração: o mundo me espancou.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Como sempre eu disse coisas que não devia. Falei quando deveria ficar calada, me declarei quando deveria ser indiferente.
Agora que tu sabes do meu carinho por ti, o meu coração fica aflito, mais agitado do que já estava. E à noite, quando deveria dormir tranquilamente, fico imaginando o que se passa por essa tua cabeça tão cheia de pensamentos e no labirinto de tuas possíveis ideias eu me perco até que o cansaço me vença e o pai de Morfeu entre no meu corpo.
Agora que tu sabes do meu carinho por ti, o meu coração fica aflito, mais agitado do que já estava. E à noite, quando deveria dormir tranquilamente, fico imaginando o que se passa por essa tua cabeça tão cheia de pensamentos e no labirinto de tuas possíveis ideias eu me perco até que o cansaço me vença e o pai de Morfeu entre no meu corpo.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
E quando eu menos esperava, e por quem eu nunca imaginava, meu coração bateu novamente mais forte. E tu, que eras para mim um simples ser humano, hoje é a face que não sai da minha visão, o corpo que mais procuro ao meu redor. Minhas mãos agora só querem tocar teus braços, não querem mais procurar mãos outras. Minha mente repete teu nome incasavelmente, e eu, que queria apenas ser livre, hoje me prendo ao desejo por ti.
sexta-feira, 26 de março de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Olhei para trás e pensei "e se eu não tivesse...". Bom, não cabe aqui contar o que pensei na ocasião, mas logo após aquele momento inúmeros "e se" me passaram pela mente. E se eu não tivesse lido tal livro, e se eu não tivesse desistido do curso de moda, e se eu nunca tivesse falado com aquela pessoa, e se eu não tivesse me interessado pelo Movimento Estudantil... Só esta última indagação já faria minha vida ser totalmente diferente. Provavelmente não teria conhecido muitos dos meus grandes amigos, não teria conhecido Belém do Pará, Rio de Janeiro, Brasília.
Não seria a pessoa que sou hoje, seria uma outra Talita, que não consigo imaginar como seria. Seria ela (ou melhor, eu) uma mulher apolítica e capitalista como tudo indicava que eu seria? Seria eu mais uma professora de escola particular, com casa, filhos e um marido para casar? Ou quem sabe uma daquelas professoras de português mau-amadas que todo mundo já teve? (risos)
Após tantas perguntas e imaginações percebi que sim, eu gosto de quem eu sou. Eu gosto de ser essa mulher (às vezes menina) relativamente politizada, culta e livre. Principalmente livre.
Na minha frente só as pessoas que respeito, mas nenhuma que me prenda. Minhas asas podo eu, se bem que prefiro nem podar, gosto de voar para onde os ventos me levarem. E se um dia o espinho de uma roseira por que passar me ferir mortalmente na minha ampla asa, olharei para trás e verei o grande mundo que percorri e os sentimentos que conquistei. Olhando novamente para o espinho verei que tudo valeu a pena, pois grande é minha alma e maior ainda minha vontade de voar.
O medo e os "e se" são apenas uma fina neblina pela qual eu rapidamente passo. Após a neblina há uma linda paisagem e o medo se torna apenas mais um frio na barriga neste corpo permeado por tantas sensações.
Para quem quiser voar ao meu lado alegremente eu digo: o céu é enorme e nele iremos cruzar nossos voos quando os ventos forem favoráveis.
(Texto não definitivo, ainda sujeito a mudanças.)
Não seria a pessoa que sou hoje, seria uma outra Talita, que não consigo imaginar como seria. Seria ela (ou melhor, eu) uma mulher apolítica e capitalista como tudo indicava que eu seria? Seria eu mais uma professora de escola particular, com casa, filhos e um marido para casar? Ou quem sabe uma daquelas professoras de português mau-amadas que todo mundo já teve? (risos)
Após tantas perguntas e imaginações percebi que sim, eu gosto de quem eu sou. Eu gosto de ser essa mulher (às vezes menina) relativamente politizada, culta e livre. Principalmente livre.
Na minha frente só as pessoas que respeito, mas nenhuma que me prenda. Minhas asas podo eu, se bem que prefiro nem podar, gosto de voar para onde os ventos me levarem. E se um dia o espinho de uma roseira por que passar me ferir mortalmente na minha ampla asa, olharei para trás e verei o grande mundo que percorri e os sentimentos que conquistei. Olhando novamente para o espinho verei que tudo valeu a pena, pois grande é minha alma e maior ainda minha vontade de voar.
O medo e os "e se" são apenas uma fina neblina pela qual eu rapidamente passo. Após a neblina há uma linda paisagem e o medo se torna apenas mais um frio na barriga neste corpo permeado por tantas sensações.
Para quem quiser voar ao meu lado alegremente eu digo: o céu é enorme e nele iremos cruzar nossos voos quando os ventos forem favoráveis.
(Texto não definitivo, ainda sujeito a mudanças.)
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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