quarta-feira, 27 de abril de 2011

Está pulsando, eu sinto.
Sangue entra, sangue sai...
Sangue entra, sangue sai...

Não. Mas não está no coração.
Está na cabeça.
É um líquido pegajoso
que se espalha por todo meu encéfalo,
contaminando todos meus sentidos.
O olfato, a audição, o paladar,
o tato, a visão... Contaminou tudo!
Em cada movimento, em cada pensamento,
lá está.
Mesmo quando não se vê, não se sente,
lá está:
no riso, no choro, no abraço, nas palavras;
O que não é, será...
Tudo acaba em saudade.

Onde há memória, há saudade.